Dr. Vinicius Henrique Quintiliano Zangarini

A toxoplasmose ocular é uma infecção do olho causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Essa condição pode ocorrer em pessoas que contraem toxoplasmose, seja de forma congênita (transmitida da mãe para o feto durante a gravidez) ou adquirida (principalmente por ingestão de alimentos ou água contaminados).

Quem é o médico que cuida da Toxoplasmose ocular?

O médico especialista em cuidados com a Toxoplasmose ocular é o médico oftalmologista. O oftalmologista tem uma formação extensa, incluindo a graduação em medicina, seguida por residência em oftalmologia e, muitas vezes, subespecialização em áreas específicas da oftalmologia.

Quem é o Dr. Vinicius?

O Dr. Vinicius Zangarini é médico oftalmologista pela Santa Casa de São Paulo (SP) e especialista em Retina e Vítreo pela mesma casa. Possui título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e de sub-especialista em Retina e Vítreo pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). Possui ampla experiência para poder atender e tirar qualquer dúvida oftalmológica que você apresente.

Sinais e Sintomas da Toxoplasmose:

Os sintomas da toxoplasmose ocular podem variar, mas os mais comuns incluem:

  • Visão embaçada ou turva;
  • Dor ocular;
  • Fotofobia (sensibilidade à luz);
  • Vermelhidão no olho;
  • Moscas volantes (pontos flutuantes na visão);
  • Redução da acuidade visual, que pode ser grave, dependendo da localização da lesão na retina.

As lesões oculares mais frequentes ocorrem na retina, resultando em cicatrizes que podem comprometer permanentemente a visão, especialmente se localizadas na mácula, a área central da retina responsável pela visão detalhada.

toxoplasmose ocular adquirida

Diagnóstico da Toxoplasmose ocular:

O diagnóstico da toxoplasmose ocular é baseado em:

1. Histórico Clínico: Levantamento dos sintomas e antecedentes de infecção por Toxoplasma gondii.

2. Exame Oftalmológico: Inclui a fundoscopia, que pode revelar lesões características na retina.

3. Exames Laboratoriais: A detecção de anticorpos específicos (IgG e IgM) contra Toxoplasma gondii no sangue pode apoiar o diagnóstico. Em casos de dúvida, a análise do humor vítreo (líquido intraocular) pode ser realizada para detecção direta do parasita ou de seus antígenos.

4. Exames de Imagem: A tomografia de coerência óptica (OCT) pode ajudar a avaliar a extensão das lesões na retina.

Tratamento da Toxoplasmose:

O tratamento da toxoplasmose ocular geralmente envolve o uso de medicamentos antiparasitários combinados com corticosteroides para reduzir a inflamação. Os medicamentos comuns incluem:

Pirimetamina: Um antiparasitário que inibe a replicação do *Toxoplasma*.

Sulfadiazina: Usado em combinação com a pirimetamina.

Ácido folínico: Para proteger contra os efeitos colaterais da pirimetamina.

Corticosteroides: São usados para controlar a inflamação ocular, especialmente se houver risco de danos graves à visão.

O tratamento deve ser monitorado por um oftalmologista, e o acompanhamento regular é essencial para avaliar a resposta ao tratamento e prevenir complicações. Em alguns casos, a cicatrização da retina pode levar à formação de uma membrana epirretiniana, que pode necessitar de tratamento cirúrgico.

Diferenças entre Toxoplasmose ocular congênita e adquirida:

A toxoplasmose ocular pode ocorrer tanto na forma adquirida quanto na forma congênita, e embora ambas sejam causadas pelo mesmo parasita, Toxoplasma gondii, elas possuem características clínicas e epidemiológicas distintas.

Toxoplasmose Ocular Congênita:

Origem:

A toxoplasmose congênita ocorre quando o feto é infectado durante a gestação, geralmente devido à infecção primária da mãe durante a gravidez. A transmissão transplacentária do parasita pode causar a infecção do feto.

Manifestações Clínicas:

  • Mais Graves: A infecção congênita pode ser mais grave, especialmente se ocorrer durante o primeiro ou segundo trimestre da gestação.
  • Lesões na Retina: As lesões oculares geralmente são bilaterais (afetando ambos os olhos) e podem estar presentes ao nascimento ou se manifestar mais tarde na vida.
  • Cicatrizes Ativas e Inativas: Crianças infectadas podem ter cicatrizes retinianas inativas que se reativam mais tarde, levando a episódios de inflamação ocular.
  • Outras Anomalias: Podem ocorrer outras anomalias congênitas, como hidrocefalia, calcificações intracranianas e coriorretinite, que é uma inflamação da coroide e da retina.

Evolução:

Reativação: A toxoplasmose congênita tende a reativar, especialmente na adolescência ou na vida adulta jovem, devido à presença de cistos do parasita que permanecem nos tecidos.

Toxoplasmose Ocular Adquirida:

Origem:

A forma adquirida da toxoplasmose ocorre quando uma pessoa é infectada pelo Toxoplasma gondii após o nascimento, principalmente pela ingestão de alimentos ou água contaminados, ou pela manipulação de solo ou areia contaminados com fezes de gatos infectados.

Manifestações Clínicas:

  • Sintomas Monoculares: As lesões oculares geralmente são unilaterais (afetando apenas um olho), embora possam ocorrer em ambos.
  • Lesões Mais Localizadas: As lesões na retina podem ser mais limitadas, e os sintomas podem ser mais leves em comparação com a forma congênita.
  • Inflamação Aguda: A inflamação ocular tende a ser aguda e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos jovens.

Evolução:

Menos Propensão à Reativação: A toxoplasmose ocular adquirida tem menos propensão à reativação quando comparada à forma congênita, mas pode ocorrer em situações de imunossupressão.

Diferenças Chave:

Origem: A toxoplasmose congênita é adquirida durante a gestação, enquanto a forma adquirida ocorre após o nascimento.

Número de Olhos Afetados: A forma congênita tende a afetar ambos os olhos, enquanto a forma adquirida geralmente afeta um olho.

Gravidade: A forma congênita tende a ser mais grave, com maior risco de complicações sistêmicas e oculares.

Propensão à Reativação: A toxoplasmose congênita tem maior propensão à reativação, enquanto a forma adquirida é menos propensa, a menos que haja imunossupressão.

O tratamento deve ser monitorado por um oftalmologista, e o acompanhamento regular é essencial para avaliar a resposta ao tratamento e prevenir complicações.

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