Dr. Vinicius Henrique Quintiliano Zangarini

A oclusão venosa da retina (OVR) é uma condição ocular em que uma ou mais veias da retina são bloqueadas, resultando em uma interrupção do fluxo sanguíneo. Isso pode levar a inchaço, hemorragia e perda de visão. A oclusão de veia retiniana é classificada em dois tipos principais: oclusão da veia central da retina (OVCR) e oclusão de ramo de veia retiniana.

Quem é o médico que cuida da Oclusão venosa da Retina?

O médico especialista em cuidados com a Oclusão venosa é o médico oftalmologista, de preferência especialista em retina. O oftalmologista tem uma formação extensa, incluindo a graduação em medicina, seguida por residência em oftalmologia e, muitas vezes, subespecialização em áreas específicas da oftalmologia.

O Dr. Vinicius Zangarini é médico oftalmologista pela Santa Casa de São Paulo (SP) e especialista em Retina e Vítreo pela mesma casa. Possui título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e de sub-especialista em Retina e Vítreo pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). Possui ampla experiência para poder atender e tirar qualquer dúvida oftalmológica que você apresente.

Tipos:

Oclusão venosa da Veia Central da Retina (OVCR):

   Localização: Afeta a veia central da retina.

   Sintomas: Perda súbita e indolor da visão em um olho.

   Causas: Hipertensão, diabetes, glaucoma, aterosclerose.

   Diagnóstico: Oftalmoscopia, angiografia com fluoresceína, tomografia de coerência óptica (OCT).

   Tratamento: Injeções intraoculares de anti-VEGF ou corticosteroides, fotocoagulação a laser, controle de condições subjacentes.

   Prognóstico: Variável, com potencial de recuperação parcial da visão; complicações incluem glaucoma neovascular.

Oclusão de ramo de veia retiniana:

   Localização: Afeta uma das ramificações da veia central da retina.

   Sintomas: Perda parcial da visão ou pontos cegos no campo visual, geralmente em um olho.

   Causas: Semelhantes à OVCR, incluindo hipertensão, diabetes, aterosclerose.

   Diagnóstico: Exames semelhantes à OVCR, incluindo oftalmoscopia, angiografia com fluoresceína, OCT.

   Tratamento: Injeções intraoculares, fotocoagulação a laser, manejo de condições subjacentes.

   Prognóstico: Geralmente melhor do que a OVCR, com maior chance de recuperação parcial da visão.

Causas e fatores de risco:

Doenças vasculares: Hipertensão, diabetes mellitus, aterosclerose.

Glaucoma: Aumento da pressão intraocular.

Condições sistêmicas: Distúrbios de coagulação sanguínea, inflamação vascular.

Estilo de vida: Tabagismo, sedentarismo, dieta inadequada.

Sintomas:

Perda de visão: Pode ser súbita ou gradual, parcial ou total, dependendo da localização e extensão da oclusão.

Visão embaçada: A visão pode ficar turva ou distorcida.

Manchas escuras ou pontos cegos: Áreas de perda de visão no campo visual.

Diagnóstico:

Exame de fundo de olho: Avaliação direta da retina para detectar sinais de hemorragia, inchaço e bloqueios vasculares.

Angiografia com fluoresceína: Visualização da circulação sanguínea na retina.

Tomografia de coerência óptica (OCT): Imagens detalhadas da retina para avaliar o grau de edema e danos.

Injeções intraoculares: Anti-VEGF para reduzir o inchaço e a neovascularização; corticosteroides para diminuir a inflamação.

Fotocoagulação a laser: Tratamento de áreas de neovascularização e redução do risco de hemorragias recorrentes.

Tratamento de condições subjacentes: Controle rigoroso da pressão arterial, diabetes e outras condições vasculares.

Monitoramento regular: Exames oftalmológicos frequentes para monitorar a evolução e a resposta ao tratamento.

Prognóstico:

– OVCR: O prognóstico varia amplamente, com potencial de recuperação parcial da visão; complicações podem incluir glaucoma neovascular.

– ORVR: Geralmente tem um prognóstico melhor que a OVCR, com maior chance de recuperação parcial da visão.

Prevenção:

Controle de fatores de risco: Manter a pressão arterial e os níveis de açúcar no sangue sob controle, parar de fumar, gerenciar o colesterol e adotar um estilo de vida saudável.

Monitoramento regular: Exames oftalmológicos frequentes, especialmente para indivíduos com fatores de risco conhecidos.

A oclusão venosa da retina é uma condição séria que pode levar à perda de visão se não for tratada adequadamente. A intervenção precoce e o manejo adequado das condições subjacentes são essenciais para otimizar os resultados visuais e prevenir complicações a longo prazo.

Injeções intra-vítreas: O que são e como podem ajudar no tratamento

Os anti-VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) são medicamentos utilizados no tratamento das oclusões venosas para reduzir o crescimento de vasos sanguíneos anormais e diminuir o inchaço na retina. Aqui estão os principais tipos de anti-VEGF utilizados no tratamento da retinopatia diabética:

Bevacizumabe (Avastin): Originalmente desenvolvido para o tratamento do câncer, o Bevacizumabe é amplamente utilizado off-label para doenças oculares, incluindo as oclusões de veia. Ele é eficaz na redução do inchaço da retina e na melhoria da visão.

Ranibizumabe (Lucentis): Especificamente desenvolvido para o tratamento de doenças oculares, o Ranibizumabe é aprovado pela FDA para tratar oclusões venosas. Ele funciona bloqueando a ação do VEGF, reduzindo o inchaço e prevenindo o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais.

Aflibercepte (Eylia): Aflibercepte é outro anti-VEGF aprovado para o tratamento da oclusão venosa. Ele age de maneira semelhante aos outros anti-VEGF, bloqueando o VEGF e reduzindo o inchaço na retina.

Administração e Efeitos Colaterais

Os anti-VEGF são administrados por injeções intraoculares, que são realizadas por um oftalmologista. As injeções geralmente são feitas a cada quatro a seis semanas, dependendo da resposta do paciente ao tratamento.

Efeitos colaterais comuns podem incluir:

– Desconforto ocular

– Sangramento leve na parte branca do olho (hemorragia subconjuntival)

– Aumento temporário da pressão ocular

Considerações

É importante discutir com o oftalmologista sobre o tratamento com anti-VEGF, considerando os benefícios e possíveis riscos. O acompanhamento regular e o controle adequado de doenças de base são fundamentais para maximizar a eficácia do tratamento e manter a saúde ocular.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *