Dr. Vinicius Henrique Quintiliano Zangarini

A conjuntivite viral é uma inflamação da conjuntiva, a membrana que cobre a parte branca do olho e a superfície interna das pálpebras, causada por vírus. É uma condição comum e altamente contagiosa, que pode afetar pessoas de todas as idades.

Quem é o médico que cuida da Conjuntivite viral?

O médico especialista em cuidados com a Conjuntivite viral é o médico oftalmologista. O oftalmologista tem uma formação extensa, incluindo a graduação em medicina, seguida por residência em oftalmologia e, muitas vezes, subespecialização em áreas específicas da oftalmologia.

O Dr. Vinicius Zangarini é médico oftalmologista pela Santa Casa de São Paulo (SP) e especialista em Retina e Vítreo pela mesma casa. Possui título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e de sub-especialista em Retina e Vítreo pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). Possui ampla experiência para poder atender e tirar qualquer dúvida oftalmológica que você apresente.

Causas:

A conjuntivite viral é causada por vários tipos de vírus, incluindo:

  • Adenovírus: A causa mais comum de conjuntivite viral.
  • Enterovírus: Pode causar surtos de conjuntivite.
  • Herpes simplex: Pode causar uma forma mais grave de conjuntivite.
  • Vírus do resfriado comum: Associado a infecções respiratórias superiores.
conjuntivite

Fatores de Risco:

Contato próximo com uma pessoa infectada: A conjuntivite viral é altamente contagiosa e pode se espalhar facilmente em ambientes como escolas, creches, e locais de trabalho.

Higiene inadequada: Falta de higiene das mãos pode aumentar o risco de infecção.

Uso compartilhado de itens pessoais: Compartilhar toalhas, lenços, ou cosméticos pode facilitar a transmissão.

Infecções respiratórias: Pessoas com resfriados ou infecções respiratórias são mais propensas a desenvolver conjuntivite viral.

Ambientes lotados: Locais com grande concentração de pessoas aumentam o risco de exposição.

Sintomas:

  • Olhos vermelhos: Devido à inflamação da conjuntiva.
  • Lacrimejamento excessivo: Olhos constantemente lacrimejando.
  • Secreção ocular aquosa: Geralmente clara e fluida.
  • Sensação de areia nos olhos: Desconforto ou irritação.
  • Inchaço das pálpebras: Pálpebras inchadas e sensíveis.
  • Sensibilidade à luz: Fotofobia.

Diagnóstico:

O diagnóstico de conjuntivite viral geralmente é clínico, baseado na história médica e no exame físico. O médico oftalmologista pode:

Examinar os olhos: Exame de biomicroscopia para uma inspeção detalhada.

História médica: Perguntar sobre sintomas, duração e possíveis contatos com indivíduos infectados.

Teste de secreção ocular: Em casos específicos, pode ser colhida uma amostra da secreção ocular para testes laboratoriais, embora isso não seja rotineiramente necessário.

Tratamento:

A conjuntivite viral geralmente se resolve por conta própria em uma a duas semanas. O tratamento é principalmente sintomático e inclui:

Compressas frias: Podem ajudar a reduzir o inchaço e o desconforto.

Lágrimas artificiais: Colírios lubrificantes para aliviar a secura e a irritação.

Higiene ocular: Limpar suavemente os olhos com água morna para remover secreções.

Evitar uso de lentes de contato: Até que a infecção esteja completamente resolvida.

Anti-histamínicos ou colírios anti-inflamatórios: Podem ser prescritos para aliviar sintomas severos.

Prevenção:

Higiene das mãos: Lavar as mãos frequentemente e evitar tocar os olhos com as mãos não lavadas.

Não compartilhar itens pessoais: Evitar compartilhar toalhas, lenços, maquiagens, ou outros itens que entram em contato com os olhos.

Desinfecção de superfícies: Limpar regularmente superfícies que possam ser tocadas com frequência, especialmente em ambientes comunitários.

Evitar contato próximo: Manter distância de pessoas infectadas e evitar frequentar lugares lotados durante surtos.

Uso de lenços descartáveis: Para limpar secreções e descartar após o uso.

Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas, piorarem, ou se houver dor intensa ou problemas de visão, é importante consultar um oftalmologista para uma avaliação mais detalhada e para descartar outras condições oculares.

Diferenças da conjuntivite viral para a conjuntivite bacteriana:

A conjuntivite, que é a inflamação da conjuntiva, pode ser causada por vírus ou bactérias, resultando em diferentes manifestações clínicas e abordagens de tratamento. Pode também ser por mecanismo alérgico. Aqui estão as principais diferenças entre a conjuntivite viral e a bacteriana:

Conjuntivite Bacteriana:

Causas:

Bactérias Comuns: Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, entre outras.

Sintomas:

  • Olhos Vermelhos: Inflamação da conjuntiva.
  • Secreção Purulenta: Amarelada ou esverdeada, que pode formar crostas ao redor dos olhos.
  • Pálpebras Grudentas: Especialmente após o sono, devido à secreção purulenta.
  • Inchaço das Pálpebras: Pode ser mais pronunciado.
  • Sensação de Areia nos Olhos: Similar à conjuntivite viral.
  • Prurido e Irritação: Comum em ambos os tipos.
  • Uni ou Bilateral: Pode afetar um ou ambos os olhos.

Transmissão:

Através do contato direto com secreções oculares ou objetos contaminados, mas geralmente menos contagiosa que a viral.

Tratamento:

– Antibióticos Tópicos: Colírios ou pomadas antibióticas são prescritos para eliminar a infecção.

– Higiene Ocular: Limpeza cuidadosa das secreções.

Principais Diferenças:

1. Tipo de Secreção:

  • Viral: Aquosa e clara.
  • Bacteriana: Purulenta e espessa.

2. Sintomas Sistêmicos:

  • Viral: Pode ter sintomas de resfriado ou gripe.
  • Bacteriana: Raramente associada a sintomas sistêmicos.

3. Transmissão:

  • Viral: Altamente contagiosa.
  • Bacteriana: Contagiosa, mas geralmente menos que a viral.

4. Tratamento:

  • Viral: Sintomático, sem necessidade de antibióticos.
  • Bacteriana: Necessita de antibióticos tópicos.

5. Duração:

  • Viral: Geralmente dura 1 a 2 semanas.
  • Bacteriana: Pode melhorar em poucos dias com tratamento adequado.

Diagnóstico Diferencial:

Para diferenciar clinicamente entre conjuntivite viral e bacteriana, o médico oftalmologista pode considerar os sintomas específicos, realizar um exame físico detalhado e, em alguns casos, coletar uma amostra da secreção ocular para análise laboratorial. A história do paciente e a presença de sintomas sistêmicos também são importantes na avaliação.

Se você suspeitar de conjuntivite, é importante procurar orientação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado, especialmente se os sintomas forem graves, persistirem ou se houver complicações.

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