O buraco macular é uma condição ocular que afeta a mácula, uma pequena área central da retina responsável pela visão central detalhada, necessária para atividades como leitura, reconhecimento facial e visualização de cores e detalhes finos.
Quem é o médico que cuida do Buraco de Mácula?
O médico especialista em cuidados com o Buraco Macular é o médico oftalmologista, de preferência especialista em retina. O oftalmologista tem uma formação extensa, incluindo a graduação em medicina, seguida por residência em oftalmologia e, muitas vezes, subespecialização em áreas específicas da oftalmologia.
Quem é o Dr. Vinicius?
O Dr. Vinicius Zangarini é médico oftalmologista pela Santa Casa de São Paulo (SP) e especialista em Retina e Vítreo pela mesma casa. Possui título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e de sub-especialista em Retina e Vítreo pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). Possui ampla experiência para poder atender e tirar qualquer dúvida oftalmológica que você apresente.
O que é buraco macular?
O buraco macular é uma abertura ou rasgo na mácula. Essa condição pode resultar em visão central embaçada ou distorcida e, em casos mais graves, pode levar à perda da visão central. As causas do buraco macular podem incluir:
- Envelhecimento: A maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 60 anos.
- Trauma ocular: Lesões no olho podem levar ao desenvolvimento de um buraco macular.
- Descolamento do vítreo: O vítreo é uma substância gelatinosa que preenche a parte interna do olho. À medida que envelhecemos, ele pode se encolher e puxar a mácula, criando um buraco.
- Doenças oculares: Condições como a retinopatia diabética e a miopia alta também podem contribuir para o desenvolvimento de buracos maculares.
A prevalência na população com buraco macular é de 0,9-4 a cada 1.000 pessoas. A incidência no olho contralateral de 5-16%.
Fatores de risco especialmente são idade acima dos 65 anos e sexo feminino (67-72%).
Sintomas:
Os sintomas do buraco macular incluem:
- Visão central embaçada ou distorcida.
- Dificuldade em ler ou realizar tarefas que requerem visão detalhada.
- Uma mancha escura ou uma área em branco na visão central.
Classificação:
A classificação do buraco macular é baseada no tamanho e na gravidade do buraco. Existe o estadiamento clássico proposto por Gass e o que leva a tomografia de coerência óptica (OCT) como padrão para avaliação.
Estágio 0: Adesão vitreomacular
Gass: não existe esse estágio em sua classificação
OCT: Descolamento de vítreo posterior perifoveolar + contorno da fóvea normal
Estágio 1: Buraco macular iminente (Síndrome de tração vitreomacular)
Gass:
1A: Ponto central amarelado, perda da depressão foveal sem separação vitreofoveolar (descolamento seroso precoce da fovéola)
1B: Anel amarelado, perda da depressão foveal, sem separação vitreofoveolar (1A + descolamento lateral da xantofila ou buraco central oculto com córtex préfoveolar em ponte)
OCT:
1A: DVP perifoveolar, cisto foveal na retina interna e/ou descolamento do segmento externo dos cones
1B: DVP perifoveolar, cisto foveal até a retina externa, “buraco macular oculto”.
Estágio 2: Buraco macular
Gass: Defeito oval excêntrico ou em crescente ou em ferradura dentro da borda interna do anel amarelado. Buraco no vítreo pré-foveolar contraído fazendo uma ponte como o buraco retiniano, sem perda de retina foveolar.
OCT: Defeito macular de tamanho variável com abertura parcial do teto do cisto e opérculo ainda aderido na borda do buraco.
Estágio 3: Buraco macular
Gass: Defeito central maior que 400um, sem anel de Weiss e rima de retina elevada + opacidade pré-foveolar (Buraco com pseudo-opérculo sem descolamento de vítreo posterior)
OCT: Buraco macular de tamanho variável, hialóide posterior aderida somente no nervo óptico, podendo conter um opérculo.
Estágio 4: Buraco macular
Gass: Defeito central com anel de Weiss e rima de retina elevada + opacidade pré-foveolar (buraco com pseudo-opérculo e descolamento de vítreo posterior completo.
OCT: Buraco macular de tamanho variável, descolamento de vítreo posterior completo e hialóide posterior não visível no OCT.
Outras Classificações:
Algumas classificações adicionais podem ser utilizadas em contextos específicos:
Tamanho do Buraco Macular:
– Pequeno: Menos de 250 micrômetros.
– Médio: Entre 250 e 400 micrômetros.
– Grande: Maior que 400 micrômetros.
Tempo de Existência:
– Agudo: Desenvolveu-se recentemente.
– Crônico: Presente há mais tempo, geralmente mais de seis meses.
A classificação ajuda a determinar o tratamento mais adequado e as expectativas de recuperação visual. O tratamento precoce, especialmente em estágios iniciais, tende a resultar em melhores prognósticos.
Tratamento:
O tratamento principal para o buraco macular é a vitrectomia, uma cirurgia que envolve a remoção do vítreo para aliviar a tração sobre a mácula.
Durante a vitrectomia, uma pequena bolha de gás ou óleo pode ser inserida no olho para ajudar a manter a mácula no lugar enquanto cicatriza.
Após a cirurgia, é importante manter uma posição de cabeça específica (geralmente voltada para baixo) por um período para ajudar na recuperação.
A eficácia do tratamento depende do tamanho e da duração do buraco macular. A intervenção precoce geralmente oferece melhores resultados. É essencial consultar um oftalmologista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.