A alergia ocular, também conhecida como conjuntivite alérgica, é uma condição comum em que os olhos reagem a substâncias irritantes (alérgenos). Essa reação causa sintomas desconfortáveis que podem afetar a qualidade de vida do indivíduo.
Quem é o médico que cuida da Alergia Ocular?
O médico especialista em cuidados com a alergia ocular é o médico oftalmologista. O oftalmologista tem uma formação extensa, incluindo a graduação em medicina, seguida por residência em oftalmologia e, muitas vezes, subespecialização em áreas específicas da oftalmologia.
Quem é o Dr. Vinicius?
O Dr. Vinicius Zangarini é médico oftalmologista pela Santa Casa de São Paulo (SP) e especialista em Retina e Vítreo pela mesma casa. Possui título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e de sub-especialista em Retina e Vítreo pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). Possui ampla experiência para poder atender e tirar qualquer dúvida oftalmológica que você apresente.
Sintomas da alergia ocular:
Os sintomas de alergia ocular podem variar de leves a graves e incluem:
- Prurido: Sensação intensa de coceira nos olhos.
- Vermelhidão: Olhos avermelhados devido à inflamação dos vasos sanguíneos da conjuntiva.
- Lacrimejamento: Produção excessiva de lágrimas.
- Inchaço: Pálpebras inchadas ou edema periorbital.
- Sensação de Ardor: Sensação de queimação nos olhos.
- Fotofobia: Sensibilidade à luz.
- Secreção Aquosa: Secreção clara e aquosa dos olhos.
- Visão Embaçada: Em casos mais graves, a visão pode ficar temporariamente embaçada.
Diagnóstico:
O diagnóstico de alergia ocular geralmente é feito por um oftalmologista ou um alergista e inclui:
Histórico Clínico: Avaliação dos sintomas, histórico familiar de alergias e exposição a alérgenos.
Exame Físico: Inspeção visual dos olhos e das pálpebras para identificar sinais de inflamação.
Teste de Lâmpada de Fenda: Exame detalhado do olho com uma lâmpada de fenda para observar a conjuntiva e a córnea.
Teste de Alergia: Testes cutâneos ou exames de sangue para identificar alérgenos específicos.
Teste de Conjuntiva: Coleta de uma amostra de células da conjuntiva para análise laboratorial, especialmente em casos persistentes ou graves.
Tratamento:
O tratamento da alergia ocular pode variar dependendo da gravidade dos sintomas e inclui:
Evitar Alérgenos: Identificar e evitar os alérgenos que desencadeiam os sintomas.
Lágrimas Artificiais: Usadas para lavar os alérgenos dos olhos e aliviar a secura e a irritação.
Compressas Frias: Aplicação de compressas frias para reduzir o inchaço e a coceira.
Colírios Antialérgicos:
– Antihistamínicos: Para aliviar a coceira e a vermelhidão (ex., olopatadina, cetotifeno).
– Estabilizadores de Mastócitos: Para prevenir a liberação de histamina (ex., cromoglicato de sódio, lodoxamida).
– Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs): Para reduzir a inflamação (ex., cetorolaco).
– Corticosteroides: Em casos graves, para controlar a inflamação (uso a curto prazo devido aos possíveis efeitos colaterais).
Medicamentos Orais: Antihistamínicos orais para controlar sintomas sistêmicos.
Imunoterapia: Para pacientes com alergias graves ou persistentes, a imunoterapia pode ajudar a dessensibilizar o sistema imunológico aos alérgenos.
Prevenção:
- Higiene Ocular: Manter uma boa higiene ocular e evitar esfregar os olhos.
- Ambiente Controlado: Manter o ambiente livre de poeira e alérgenos, usar purificadores de ar.
- Óculos de Proteção: Usar óculos de proteção ao ar livre para minimizar a exposição aos alérgenos.
- Lavagem Regular: Lavar o rosto e os olhos regularmente para remover alérgenos.
A alergia ocular pode ser manejada eficazmente com a combinação certa de medidas preventivas e terapêuticas. Consultar um profissional de saúde é essencial para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
Diferenças da conjuntivite alérgica x viral/bacteriana:
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, a membrana transparente que cobre a parte branca do olho e o interior das pálpebras. Existem diferentes tipos de conjuntivite, sendo as mais comuns a conjuntivite alérgica e a conjuntivite viral. Embora ambas causem inflamação e vermelhidão nos olhos, elas têm causas, sintomas e tratamentos distintos.
Conjuntivite Viral
Causas
- Vírus: Adenovírus é o mais comum, mas outros vírus também podem causar conjuntivite.
- Infecções Respiratórias: Frequentemente associada a infecções do trato respiratório superior, como resfriados.
Sintomas
- Lacrimejamento: Produção excessiva de lágrimas.
- Vermelhidão: Olhos avermelhados.
- Secreção: Geralmente aquosa, mas pode ser espessa e pegajosa.
- Inchaço das Pálpebras: Edema leve a moderado.
- Sensação de Corpo Estranho: Sensação de areia nos olhos.
- Fotofobia: Sensibilidade à luz.
- Início em um Olho: Geralmente começa em um olho e pode se espalhar para o outro.
- Sintomas Sistêmicos: Pode haver sintomas de resfriado, dor de garganta, febre e linfonodos inchados.
Diagnóstico
- Histórico Clínico: Avaliação de sintomas e histórico de contato com pessoas infectadas.
- Exame Físico: Inspeção visual dos olhos e das pálpebras.
- Teste de Lâmpada de Fenda: Para avaliar a conjuntiva e a córnea.
Tratamento
- Autolimitada: A conjuntivite viral geralmente se resolve por conta própria em 1-2 semanas.
- Compressas Frias: Para aliviar o desconforto.
- Lágrimas Artificiais: Para aliviar a secura e a irritação.
- Higiene Ocular: Manter os olhos limpos e evitar tocar ou esfregar os olhos.
- Antiviral (raro): Em casos graves causados por vírus específicos como herpes, podem ser prescritos medicamentos antivirais.
Prevenção
- Conjuntivite Alérgica:
- Evitar exposição a alérgenos conhecidos.
- Manter ambientes limpos e livres de poeira e ácaros.
- Uso de purificadores de ar.
- Conjuntivite Viral:
- Lavar as mãos frequentemente.
- Evitar compartilhar toalhas, lenços ou produtos de higiene pessoal.
- Manter distância de pessoas infectadas.
Conclusão
Apesar de ambas as condições causarem inflamação e desconforto nos olhos, a conjuntivite alérgica é desencadeada por alérgenos e responde bem a tratamentos antialérgicos, enquanto a conjuntivite viral é causada por infecções virais e geralmente se resolve por conta própria com cuidados de suporte.